Os tripulantes do navio onde foi encontrado mais de 1,5 tonelada de cocaína foram autorizados, pela Polícia Federal, a deixar o cais da VPorts, antigo Porto de Vitória. Agora eles seguem, juntamente com a embarcação, para o porto do Rio de Janeiro.
No entanto, as investigações continuam. A PF apura se pelo menos um dos 28 tripulantes da embarcação ajudou a colocar a droga dentro do navio.
Para isso, impressões digitais e material genético dos tripulantes foram colhidos para a realização de exames. As impressões digitais serão comparadas com as que foram encontradas nos pacotes de drogas.
Mesmo podendo sair do Espírito Santo, todas as pessoas que estavam a bordo do navio deverão permanecer no Brasil até o fim das investigações.
Segundo informações da alfândega no Espírito Santo, essa foi a maior apreensão de drogas em portos realizada no Estado.
A varredura que resultou na apreensão do material foi realizada na tarde do último domingo (5), por meio de uma ação da Polícia Federal em conjunto com a Receita Federal.
O objetivo foi confirmar informações repassadas pelo Serviço de Inteligência, as quais indicavam que a embarcação seria usada para transportar drogas do Brasil para a Europa.
Para a Polícia Federal, a suspeita é que uma organização criminosa, com forte atuação no Estado de São Paulo, seja a responsável pelo crime.
Segundo a apuração dos agentes, o navio partiu de Hamburgo, na Alemanha, passando por portos de Buenos Aires, na Argentina, Santos, em São Paulo, e Rio de Janeiro.
Em algum momento da viagem, que ainda não foi descoberto, o material teria sido puxado para o navio com o auxílio de cordas. A forma pela qual as drogas foram implantadas chamou a atenção dos agentes.
No momento, o caso segue sob investigação. Caso acusados, os envolvidos podem ser condenados por tráfico internacional, com pena de 5 a 15 anos de prisão.